O Concelho de Sobral de Monte Agraço apresenta uma densidade populacional de 194,93 hab./km2.
No que concerne ao uso do solo, 11,5% do território do concelho é classificado como solo urbano, enquanto a grande maioria do território do concelho é solo rural. Salienta-se que aproximadamente 8% do solo é classificado como área sensível do ponto de vista natural e cultural.
A geomorfologia típica do concelho é fortemente marcada por relevo com elevações diversificadas, encostas com declives acentuados e por vales por onde correm cursos de água. Destes destacam-se o rio Sizandro e rio Grande da Pipa, que desaguam no oceano Atlântico e na bacia do Tejo, respetivamente. Nas zonas rurais predominam as parcelas de pequena dimensão, ocupadas com policultura, vinha e pequenas áreas de florestais.
As caraterísticas do nosso território, com a sua orografia de desníveis acentuados, associadas à ocorrência favorável de um regime de ventos fortes e dominantes levaram ao surgimento e instalação de diversos parques eólicos no concelho. Este é um aspeto que faz com que Sobral de Monte Agraço apresente elevados índices de produção de energia através do aproveitamento do vento. Assim, a energia produzida no concelho com recurso a esta fonte de energia renovável, é superior às necessidades energéticas para consumo interno.
Já no passado, os tradicionais moinhos de vento, característicos de toda a região oeste, assumiram um importante papel na economia do concelho e da região.
Podemos afirmar que Sobral de Monte Agraço apresenta caraterísticas de um território que alia a modernidade à ruralidade, ou seja, apresenta dinâmicas de crescimento ímpares, nos seus principais núcleos de desenvolvimento, no entanto, o concelho mantém a sua matriz identitária de território rural, onde é possível encontrar espaços naturais bem preservados e de assinalável beleza paisagística.
A população do concelho desenvolvia a sua atividade, até aos anos sessenta do século anterior, predominantemente no sector agrícola, o qual veio a perder influência nas últimas décadas. Este setor de atividade, nomeadamente, a agropecuária emprega essencialmente trabalhadores por conta própria, existindo ainda um significativo conjunto de indivíduos que desenvolvem esta atividade como complemento à economia familiar, tendo outras fontes de rendimento.
A quebra de atividade do setor primário deu lugar a um relativo incremento de emprego no sector da transformação, associado à criação de alguns núcleos de pequenas/médias empresas, de que é exemplo a Zona Industrial da Espinheira, situada a nascente da sede do concelho e no Polo Industrial da Sapataria.
Nos últimos anos, Sobral de Monte Agraço vivenciou uma profunda alteração relativamente ao setor de atividade predominante. Para além da já referida quebra ao nível do setor primário, constatou-se uma diminuição do peso do setor secundário, verificando-se no entanto uma forte dinâmica de terciarização. Assim, o setor terciário é aquele que ocupa a maioria da população ativa. São os serviços que mais se têm expandido em termos de criação de emprego.
Sobral de Monte Agraço está inserido num quadro de mudança social que se tem traduzido num significativo aumento da população residente. De acordo com os resultados definitivos dos Censos2011, publicados em 2013, Sobral de Monte Agraço apresenta a segunda maior taxa de atração de toda a Região Centro, apresentando uma valor de 14,5%. Relativamente a este indicador, a média da região é de 4,1%, enquanto a sub-região Oeste apresenta uma taxa média de 7,1%. Salienta-se que este indicador traduz a capacidade de um território fixar novos habitantes, para tal, considera-se a relação entre a população residente que nos últimos 5 anos residia noutra unidade territorial e a população residente no local de referência.