Apresentação do livro Encadernação dos Forais Manuelinos – Modelo de Análise – O Foral de Monte Agraço (1518)
- Em 22 Novembro, 2021
O livro “Encadernação dos Forais Manuelinos – Modelo de Análise – O Foral de Monte Agraço (1518)”, da autoria de Guilherme Canhão e publicado pelas Edições Colibri, foi apresentado no Auditório Municipal de Sobral de Monte Agraço, no passado dia 20 de Novembro, na presença do Presidente da Câmara Municipal, José Alberto Quintino, do Professor Doutor Augusto Aires Nascimento, que escreveu o prefácio do livro e do Professor Doutor Carlos Guardado da Silva, tendo como moderadora de painel Dra. Júlia Leitão, Chefe de Divisão da Educação, Cultura e Ação Social.
Na abertura da sessão, o Presidente da Câmara Municipal destacou que uma das prioridades do Município é proteger o património, a herança cultural e a identidade e memória coletiva dos sobralenses. “É sempre um privilégio quando o Município edita ou apoia a edição de obras de investigação que possam trazer mais conhecimento sobre a nossa história, a nossa cultura, a nossa identidade”, referiu, recordando também a edição do livro “O Reguengo de Monte Agraço: séculos XII-XVI. Estudo do Foral Manuelino”, por ocasião dos 500 anos do Foral de Monte Agraço, da autoria de Carlos Guardado da Silva, Hermínia Vasconcelos Vilar, Ana Pereira Ferreira e José Manuel Vargas.
O Município de Sobral de Monte Agraço tem desenvolvido ao logo do tempo, por si, em parceria com instituições ou pessoas individuais, uma atividade editorial que tem mantido alguma regularidade e assumido relevância.
De entre essas edições, a Dra. Júlia Leitão destacou na sua intervenção, aquelas que deram a conhecer o Foral Manuelino do concelho. As duas primeiras, da autoria de Maria Micela Soares, respetivamente “Monte Agraço e o seu foral” de 1990, “Foral para Monte Agraço, 1518” editada em 2002 e recentemente a obra já destacada pelo Sr. Presidente da Câmara, “O Reguengo de Monte Agraço: séculos XII-XVI. Estudo do Foral Manuelino” edição coordenada pelo Professor Doutor Carlos Guardado da Silva e da qual é coautor, que permitiu atualizar o conhecimento acerca do mesmo.
Destacou ainda que estas “edições são fruto de um caminho de investigação sem o qual não teríamos hoje um conhecimento tão profundo do nosso Foral, tão profundo ao ponto do mesmo se constituir como “modelo de análise” na investigação conduzida pelo Dr. Guilherme Canhão no âmbito da sua dissertação de mestrado e que agora se publica “Encadernação dos Forais Manuelinos: Modelo de Análise, Foral de Monte Agraço (1518)”, e de por esta via poder dar contributos para uma ciência tão específica, a Codicologia”.
O autor, Guilherme Canhão é Licenciado em História (2014) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e desenvolveu este estudo no âmbito da sua dissertação de Mestrado em Ciências da Documentação e Informação, em 2020, na mesma instituição sob a orientação do Professor Doutor Carlos Guardado da Silva.
O Livro “Encadernação dos Forais Manuelinos: Modelo de Análise, Foral de Monte Agraço (1518)” de Guilherme Canhão está disponível para venda na Biblioteca Municipal de Sobral de Monte Agraço e no Posto de Turismo.
NOTAS BIOGRÁFICAS
AUGUSTO AIRES NASCIMENTO
Professor Catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição em que foi, também, Diretor da Euphrosyne, revista internacional de Filologia Clássica, Diretor do Centro de Estudos Clássicos (Coeditor da obra que hoje se publica), Diretor do Curso de Especialização em Ciências Documentais (precursor do atual mestrado em Ciências da Documentação e Informação), Professor-Bibliotecário, Vice-presidente do Conselho Científico e Vice-Presidente do Conselho Diretivo. Foi ainda Pró-Reitor da Universidade de Lisboa e Presidente do Instituto Português de Arquivos.
É membro de diversas Academias Científicas, nacionais e estrangeiras.
É autor de uma obra vasta e fascinante, com cerca de três centenas e meia de títulos, entre artigos científicos e monografias, nos domínios da Literatura Latina Medieval, da História do Livro Manuscrito, de edições críticas e de história dos textos, Hagiografia Latina, Cultura Portuguesa Humanística e Tratamento Informático do Texto. Em síntese, podemos dizer que o Professor é, sobretudo, um classicista e um medievalista.
Da sua vasta obra, destaca-se a Utopia, de Tomás Morus, edição crítica e tradução com comentários, publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 2006, e pela qual recebeu o prémio de tradução científica e técnica da Union Latine.
CARLOS GUARDADO DA SILVA
Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, desde 2007, instituição onde dirige o Mestrado em Ciências da Documentação e Informação.
É Investigador do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que, em parceria com as Edições Colibri, edita a Coleção CI – Ciência da Informação, de que é também o seu diretor.
É Secretário da Assembleia Geral da BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação, Secretário da Junta Directiva do Capítulo Ibérico da ISKO – International Society for Knowledge Organization, e membro do Conselho Consultivo da Rota Histórica das Linhas de Torres.
É membro de diversas academias científicas, nacionais e estrangeiras.
É autor de duas centenas de títulos, entre artigos e monografias, no âmbito da História, património cultural e Ciências da Documentação e Informação.
Na sua obra, tem dedicado atenção aos forais manuelinos, de que se destacam:
– O Foral Novo: Torres Vedras: 1510 (2016), coautoria de José Manuel Vargas, distinguida com o Prémio Prof. Doutor Pedro da Cunha e Serra, Estudos de Onomástica, Antroponímia ou Arabismo, atribuído pela Academia Portuguesa da História em 2016.
– e O Reguengo de Monte Agraço: séculos XII-XVI: estudo do foral manuelino, coautoria de Hermínia Vilar, Ana Pereira e José Manuel Vargas, editada pelo Município de Sobral de Monte Agraço, em 2019.
GUILHERME CANHÃO
Licenciou-se em História (2014), na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde obteve também o grau de mestre em Ciências da Documentação e Informação (2020). Depois de realizar o curso de encadernação manual da Fundação Ricardo do Espírito Santos Silva, trabalhou na Imprensa Nacional-casa da Moeda, aliando os conhecimentos e a experiência da encadernação manual à indústria, enquanto desenvolvia paralelamente a presente investigação, cruzando a História com a Codicologia e a Ciência da Informação.
Trabalhou na EDP – Energias de Portugal, onde desempenhou funções no âmbito da gestão da informação e do conhecimento.
Atualmente trabalha na Faculdade de medicina da Universidade Católica Portuguesa, na qualidade de técnico documentalista.
0 Comments