Habitantes de Fetelaria visitam o Museu do Vidro no final do Projeto Museu na Aldeia
- Em 13 Dezembro, 2021
No âmbito do Projeto “Museu na Aldeia”, criado e dinamizado pela Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP), com o objetivo de oferecer cultura a públicos que, normalmente, não têm possibilidade de usufruir dela, através da criação de uma rede de visitas e intercâmbios entre museus e aldeias, no concelho de Sobral de Monte Agraço, foram os habitantes da aldeia de Fetelaria, com mais de 65 anos e ainda autónomos, que integraram o projeto e participaram nas várias sessões promovidas, ao longo das quais foram tendo contacto com as diferentes fases do projeto.
Assim, esta comunidade participou ativamente na análise crítica da importância social dos museus, das peças museológicas e do seu papel representativo, espelhado nas narrativas inerentes e nos materiais utilizados, através dos quais puderam refletir acerca do valor das suas próprias memórias e contributos da história local da sua região.
Desta forma, e sendo convidados a criar uma obra original própria através de um proceso coletivo mediado pela equipa da SAMP, os habitantes de Fetelaria inspiraram-se no vento, o elemento que consideram melhor caracterizar a sua região, e com a inspiração retirada da peça museológica “A Praga”, da autoria de Alberto Vieira, da coleção do NAC – Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro, na Marinha Grande, que cedeu a peça temporariamente para exposição na aldeia, meteram mãos à obra e criaram então a sua própria peça museológica original. O produto final que vai agora configurar como parte de uma exposição no Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro, estará patente de 15 de dezembro de 2021 a 05 de junho de 2022.
A comunidade de Fetelaria será a primeira a inaugurar a sua própria exposição, nesta fase final do projeto que consiste em algo mais do que simplesmente levar as comunidades a conhecer os locais e espaços museológicos dos quais ouviram falar através da peça que receberam. Ao visitar o Museu, esta comunidade irá, para além de reencontrar a peça na qual se inspirou, assistir à inauguração da sua própria obra e observá-la como parte integrante de uma exposição, em conjunto com registos fotográficos e alguns objetos pessoais que doaram temporariamente à mesma.
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